LIFE 10 NAT/ES/000582

Autoecología

Habitat preferente: fundos de silte, argila e cascalho de ribeiros e rios de águas claras e bem oxigenados.

Características do ecossistema nativo e do ecossistema invadido: invade tanto meios abertos como confinados. Não se fixam em substratos duros.

Reprodução: geralmente descrita como espécie hermafrodita, em Espanha costumam aparecer indivíduos dióicos. A reprodução é sexual, produzindo-se a fertilização na cavidade do manto. Os ovos são ricos em nutrientes e a incubação das larvas ocorre nas branquias (as larvas desenvolvem-se quase na sua totalidade numas cavidades das branquias chamadas de bolsas marsupiais). Aos 4 ou 5 dias de incubação, as larvas são expulsas ao substrato onde se fixam e completam o seu desenvolvimento. Os jovens fixam-se ao substrato ou à vegetação mediante um fio bissal mucilaginoso. A maturação completa-se entre os 3 e os 6 meses. Em geral, a espécie possui dois ciclos de reprodução ao ano, um entre a primavera e o verão e outro nos fins do verão início do outono. Dependendo das condições da água e dos recursos alimentares disponíveis, pode suceder que só apresentem um ciclo reprodutor no ano.
Almêijoa asiática (Corbicula fluminea)

Descrição

Bivalve hermafrodita ou dióico de forma ovalada originário do Extremo Oriente (Sudeste da China, Coreia e Sudeste de Rússia).

As conchas, de consistencia dura, apresentam uma coloração em tons de castanho verdoso ou verde amarelado, com marcas estriadas de crescimento e um padrão de cor em raias concêntricas. O perióstraco é de cor dourado verdoso, as vezes escuro ou quase negro. O interior é lustroso, de tons azulados com um rebordo externo violeta..

Chega a medir 5 centímetros (mas no geral não ultrapassa os 3) e vive até aos 7 anos. Não apresenta dimorfismo sexual.

É una espécie pouco ativa, que se limita a semienterrar-se no substrato filtrando a água para alimentar-se de partículas orgânicas (algas, microplâncton e detritos).
Vias de entrada e de expansão

Introdução acidental mediante fatores associados à actividade humana (água de lastro de embarcações transoceânicas, fins gastronómicos, etc.). A primeira referência no território espanhol data de 1981; em 1989 foi observada no rio Minho, em 1990 na Catalunha e em 2005 na bacia hidrográfica do Guadiana (Extremadura). Atualmente, está presente em quase todas as bacias hidrográficas de Espanha.

Uso atual em Espanha e na bacia hidrográfica do Douro: como isco para a pesca desportiva.

Principais vetores de dispersão: larvas planctónicas e juvenis em suspensão nas águas correntes, águas de lastro, uso de exemplares como isco, fuga de aquários e incrustação.
Impaco

Ecológico:
elevada taxa de crescimento, grande potencial reprodutor (uma única amêijoa pode libertar mais de 100.000 larvas na sua vida), a maturação sexual precoce e a sua capacidade de dispersão associada a actividades humanas, converte-a num invasor de grande êxito nas águas onde é introduzida. É muito resistente às alterações de temperatura. Compete pelo espaço e o alimento com os bivalves dulçaquícolas nativos. A alta taxa de filtração e o seu poder pedal faz com que os níveis de fitoplâncton de um ecossistema se possam alterar.

Económico:
apresenta elevados custos económicos devido a que esta espécie poder provocar obstruções nos sistemas de regadio ou aspersão, nas captações e conduções de água de indústrias e plantas energéticas, nos sistemas de fornecimento de água potável, etc.

Sanitário:
a mortalidade estacional de populações de amêijoa asiática (resultantes das épocas de seca, diminuição de oxigénio, etc.) provoca a contaminação da água.

Processos, comunidades ou espécies afetadas:
possível competência com os bivalves autóctones. Altera a diversidade e abundancia da microfauna e flora bentônica.
Ficha del CATÁLOGO ESPAÑOL DE ESPECIES EXÓTICAS INVASORAS(MAGRAMA)
Almeja asiática - © Naturgucker
Almeja asiática - © Naturgucker
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“Luta contra as espécies invasoras nas bacias hidrográficas dos rios Tejo e Guadiana na península ibérica”
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